a banalidade da diferença

quarta-feira, novembro 21, 2007

@ Lala

Esta semana não sei porquê, lembrei me de uma pessoa que conheci na minha infância (8/9 anos).
Essa pessoa era apelidada de Lala, nasceu com o sexo biológico feminino, tinha mais aparência masculina que muitos com o sexo biológico masculino, trabalhava numa empresa de serração (coisa de homens dizem por aí), enfim daquilo que a nossa sociedade chama mulher só tinha o sexo biológico. Se se identificava com esse sexo, não me parece, mas não sei, penso que Lala terá sido o primeiro transexual FM que conheci.
não sei porque me lembrei de Lala, mas recordo me das coisas que ouvia sobre @ Lala, que era uma mulher frustrada, que era "fufa", etc... Tudo coisas que eu desconhecia na altura e ninguém me quis explicar (acho que também não perguntei). A ignorancia e estupidez propagou-se assim mais uma geração, porque ninguém quis perceber quem era Lala e o que sentia. Teria sido tão simples uma explicação do género "Lala é um homem, mas nasceu com o sexo de uma mulher", obvio que muitas explicações teriam de vir a seguir, e bastava uma pessoa para o explicar no seio familiar.
Enfim, ontem lembrei me de Lala e vi as coisas numa perspectiva diferente que via há 20anos atrás. Lala era trangénero, possivelmente transexual (estou a especular, afinal nunca falei com Lala sobre isso) e por isso tento neste texto escrever Lala e não o ou a Lala


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