a banalidade da diferença

sábado, julho 08, 2006

Morte

Nestes ultimos anos tenho mudado imenso a maneira como encaro a morte. Talvez a ter perdido alguns bons amigos e uma grande amiga.
Se inicialmente a morte era uma coisa assustadora para mim, hoje em dia encaro-a talvez com demasiada frieza.
Se antigamente eu nao era capaz de ir a um funeral, hoje em dia se for uma pessoa conhecida faço questão de ir, e inclusive de ver o corpo. Acho que é a unica forma de eu acreditar que de facto nao vou voltar a ver uma pessoa que me era querida por algum motivo.
Nestes ultimos 10 anos, perdi varios amigos bastante novos:
  • o carlos um rapaz com 12/13 anos cheio de vitalidade que faleceu de cancro.
  • o nuno com 20 e poucos anos, tambem ele cheio de vitalidade e sempre bem disposto, de acidente de carro
  • o Tó-Zé, amigo meu na secundaria que faleceu de acidente de carro com 18anos.
  • o meu tio que faleceu com 39 anos de ataque cardiaco.
  • a dina com 20/21 anos, a unica rapariga pela qual verdadeiramente me apaixonei, faleceu a 400m da minha casa de acidente de viação no dia em que eu fiz 21a
Não inclui na lista pessoas de mais idade, tais como ambos os meus avós, alguns amigos da familia com idade algo avançada, por ser mortes que menos me marcaram e que encaro com uma frieza que eu chego a achar exagerada.

Segunda feira repete-se o ritual de ir ver um corpo, e acompanha-lo até a sua ultima morada. desta vez é de um tio-avó que eu gostava muito, o meu tio alberto, com 70 e tais anos, surdo devido a um acidente, sempre foi dos meus tios preferidos, nao sei se devido a sua sempre bos disposição se achava graça a ele falar alto devido a surdez.

A todos os meus amigos e familiares que faleceram dedico este pequeno post, apesar da frieza com que hoje em dia encaro as coisas, nunca vos esquecerei...